Todos sabem que os pedidos de indiciamento no relatório final da CPI da Covid, votado hoje no Senado, tiveram o foco na política e não na saúde. A começar pelo presidente Bolsonaro, inscrito em 9 crimes, assim como seus filhos, ministros e ex-ministros, empresários e médicos, um total de 79 pessoas. A surpresa de última hora foi o pedido de inclusão do governador do Amazonas na lista, para favorecer o senador Eduardo Braga que vai disputar o governo do Estado em 2022, e do senador Luiz Carlos Heinze por seu desafeto no Senado Alessandro Vieira.

PAPELÃO DE HUMBERTO COSTA
O senador Humberto Costa (PT-PE) colaborou engrossando a lista de sugestão de indiciamentos com o médico pernambucano Antonio Jordão, que atuou na linha de frente no combate à Covid usando, no início da pandemia, o chamado tratamento precoce. Triste papel de Humberto Costa - ele é médico também – entregando o colega que sequer foi ouvido pela CPI.

PRESIDENTE PODE IR PARA O PP
Após reunião de uma hora e meia com integrantes da cúpula do Progressistas no Palácio do Planalto, hoje, o presidente Jair Bolsonaro voltou a tratar o PP como primeira opção para disputar a eleição do ano que vem, informa Paulo Cappelli, na Revista Crusoé.

IDA ENCAMINHADA
Segundo participantes do encontro, a ida do presidente para a sigla está “encaminhada”. Estiveram presentes à reunião o presidente da Câmara, Arthur Lira, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o filho 01, Flávio Bolsonaro.

TARCÍSIO FREITAS PARA SÃO PAULO
No encontro, ficou acertado que Bolsonaro terá preferência para indicar candidatos à disputa aos governos estaduais e ao Senado. Em São Paulo, por exemplo, o partido se comprometeu a apoiar Tarcísio Freitas, ministro da Infraestrutura, para senador.

DUDU DA FONTE NA ESPREITA
Em Pernambuco, o presidente estadual do PP, deputado federal Eduardo da Fonte, unha e carne com a Frente Popular do PSB está assuntando qual será seu destino se o presidente for para o PP. Ele está fechado com Lula e queria ser o candidato ao Senado. Está no mato sem cachorro.