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A MAIS LIDA - REGULAÇÃO DAS REDES - FACEBOOK DESCONTROLADO

05/10/2021 - Estadão

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O dia seguinte ao apagão que tirou do ar os aplicativos do Facebook, incluindo Instagram e WhatsApp, não foi menos tenso para a empresa de Mark Zuckerberg. Nesta terça-feira, 5, Frances Haugen, ex-funcionária do Facebook, participou de audiência no Senado dos Estados Unidos, em que expôs a lógica da companhia de priorizar o crescimento em detrimento da segurança e jogou luz sobre caminhos de regulação para as redes sociais – na opinião dela, ainda dá tempo de o Facebook mudar, mas a empresa não fará isso por conta própria.

DENÚNCIA DE EX-FUNCIONÁRIA
Frances, que trabalhou como gerente de produto na equipe de desinformação cívica do Facebook, foi a responsável por trazer a público pesquisas internas do Facebook que mostram que a empresa sabia de problemas, mas negligenciou a moderação de conteúdo de suas plataformas.

MAL ESTAR COM O INSTAGRAM
Os documentos foram revelados nas últimas semanas em uma série de reportagens do jornal americano Wall Street Journal e também enviados à Securities and Exchange Commission (SEC, na sigla em inglês), órgão regulador das empresas listadas em bolsa nos Estados Unidos. Uma das pesquisas conclui que 1 em cada 3 meninas que se sentiam mal com o próprio corpo ficavam ainda pior ao acessar o Instagram.

CRIANÇAS ONLINE
Intitulada "Protegendo Crianças Online", a audiência focou especificamente nas pesquisas da empresa relativas ao efeito do Instagram em usuários jovens. Na semana passada, o mesmo subcomitê do Senado americano ouviu Antigone Davis, diretora de segurança da rede social.

SENADORES GOSTARAM
Frances foi recebida pelos senadores com simpáticos pedidos de agradecimento pelas revelações. “Estamos todos de acordo em expressar nossa gratidão e admiração”, disse o senador democrata Richard Blumenthal, presidente do Subcomitê de Proteção ao Consumidor, na abertura da audiência. Confrontando uma fala de Antigone Davis na semana passada, Blumenthal afirmou que as pesquisas do Facebook são, sim, “bombásticas”. “Você não está sozinha, você está aqui com documentos”, afirmou o senador à ex-funcionária da empresa, reforçando que o Congresso protegerá a depoente de retaliações.

REPUBLICANA QUESTIONOU EX-DIRETORA
Marsha Blackburn, senadora republicana, também questionou a forma como a diretora de segurança do Facebook minimizou a importância das pesquisas em depoimento na semana passada. “Gostaria de lembrar que as pesquisas não eram de terceiros, eram internas. Eles sabiam o que estavam fazendo”, afirmou.


LEGISLAÇÃO AMERICANA
Além de perguntas sobre como o Facebook manuseia dados, gerencia algoritmos e se dedica a problemas de segurança, os senadores fizeram questionamentos práticos sobre a visão de Frances em relação a legislações americanas como a Seção 230, que garante regras sobre liberdade de expressão e moderação de conteúdo na internet, regulações de proteção de dados e a Lei de Proteção à Privacidade da Criança na Internet.

CENSURA E NEGLIGÊNCIA
A Seção 230 virou alvo dos dois principais partidos políticos dos EUA nos últimos anos: o Republicano acredita que as redes barram conteúdo de forma excessiva, enquanto os Democratas apontam para uma certa negligência das plataformas em relação ao conteúdo que circula por lá.

FORÇAR FACEBOOK A MUDAR
“Não consertaremos isso sem a ajuda do Congresso”, afirmou Frances na audiência. “Esses problemas podem ser resolvidos. Acredito no potencial do Facebook de conectar sem ferir nossa democracia. Mas o Facebook não fará essa mudança por conta própria. Aceitei o risco pessoal de vir a público porque acredito que ainda temos tempo para agir”.



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