No depoimento hoje na CPI da Covid no Senado, o ex-secretário executivo do Ministério da Sáude, Élcio França, destacou no início da sessão os 15,5 milhões de brasileiros curados da Covid. Soou como uma afronta à comissão, imediatamenteh rechaçada pelo relator e interrogador-mor senador Renan Calheiros.

SOBREVIVER NÃO INTERESSA À CPI

Os interrogadores da CPI da Covid no Senado fecharam o cerco a Élcio França Filho, ex-secretário executivo de Eduardo Pazuello. Para os governistas, homens e mulheres, os senadores usam argumentos fortes, grosseiros e até pegadinhas. Para a oposição, a simpatia e a concordância pelo que é dito. Hoje não foi diferente: França começou seu depoimento destacando o número de pessoas curadas da Covid no Brasil. "Já temos 15,5 milhões de curados, o que mostra a força do SUS".

ARGUMENTO CRETINO

E foi contestado pelo relator Renan Calheiros. Vejam é julguem o que o inquisidor mor da CPI disse: "Citar o número de curados é visto por especialistas como pouco efetivo, já que estudos apontam que é possível se reinfectar com a doença, sobretudo com o surgimento de novas variantes". Se não fosse trágico, nem cômico daria para ser. Não tem graça nenhuma.

ATENDIMENTO RÁPIDO

Após a exibição de um vídeo durante a sessão em que Élcio Franco defendia o tratamento precoce, o ex-secretário reafirmou ser favorável. Ele, porém, igualou a prática ao atendimento médico rápido. "Tratamento precoce é a melhor medida preventiva para qualquer morbidade, nós partimos para o diagnóstico precoce em qualquer situação médica", disse.

ÉLCIO TOMOU CLOROQUINA

Em seus questionamentos, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) lembrou que o ex-secretário foi acometido pela Covid e perguntou se ele fez o chamado tratamento precoce pela doença. "O médico me recomendou e eu tomei hidroxicloroquina na fase viral", contou. Ele disse ainda que o seu tratamento teve ainda ivermectina, anticoagulantes e dexametasona injetável.

PODERIA TER SIDO PIOR

Franco contou que foi internado e teve de 25% a 50% do pulmão comprometido. Os senadores lembraram que isso ocorreu mesmo com o uso de coquetel dos remédios. Élcio acrescentou: "meu quadro poderia ter sido mais acelerado e eu teria ido mais cedo ao hospital".

VERDADE OU MENTIRA?

O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) voltou a fazer, em sua fala na CPI, defesa ao tratamento precoce e ataque ao estudo da Fiocruz no Amazonas. E continuou insistindo sobre a "criminalização"do tratamento precoce. Na terça-feira (8), o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) colocou no fim da sessão uma representação contra Heinze, afirmando que ele traz dados errados e notícias falsas à CPI.

O PODER FAZ APENAS UMA PERGUNTA

Quantos por cento dos que sucumbiram à Covid adotaram medidas para fortalecer o organismo no início da contaminação?
Ou respondem ou, como disse o rei da Espanha certa vez, "Por que não te calas"?

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